A improvisação do Jazz e a criatividade
A improvisação musical é uma prática que melhora a flexibilidade cognitiva e aumenta o controle inibitório. Isso não é exclusivo do jazz, mas é um elemento fundamental desse gênero musical. Grandes improvisadores de jazz como Louis Armstrong, Charlie Parker, Miles Davis e John Coltrane fazem parecer fácil, mas a verdade é que a improvisação é uma forma incrivelmente complexa de expressão criativa.
Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Geórgia analisou os efeitos da improvisação musical no cérebro dos músicos de jazz. Os pesquisadores descobriram que durante a improvisação, há uma diminuição da conectividade cerebral. Isso pode ser explicado pelo conceito de “fluxo”, onde estamos completamente imersos em uma atividade, desativando algumas áreas do cérebro para nos concentrarmos totalmente na tarefa em mãos.
Improvisação musical e ambiente corporativo
Essa descoberta tem implicações interessantes para o ambiente corporativo. Imagine uma equipe de trabalho que precisa ser criativa e inovadora para enfrentar os desafios do mercado. A improvisação do jazz pode ser usada como uma ferramenta para estimular a criatividade e a inovação nesse ambiente.
Assim como os músicos de jazz aproveitam todo o seu conhecimento armazenado e o adaptam em tempo real a uma estrutura de acordes, os membros da equipe podem usar seu conhecimento e experiência para encontrar soluções criativas para os problemas que enfrentam. A improvisação permite que eles se afastem das rotinas e padrões estabelecidos, incentivando a busca por novas ideias e abordagens.
Além disso, a improvisação requer uma mentalidade aberta e receptiva. Os músicos de jazz precisam estar atentos ao que está acontecendo ao seu redor, responder às sugestões dos outros membros da banda e se adaptar às mudanças repentinas. Essa mesma mentalidade pode ser aplicada no ambiente corporativo, onde os membros da equipe precisam estar dispostos a ouvir as ideias uns dos outros, colaborar e se adaptar às mudanças do mercado.
O estudo da Universidade Estadual de Geórgia também mostrou que o treinamento de improvisação levou a uma melhoria significativa na flexibilidade cognitiva. Isso significa que os músicos de jazz têm a capacidade de alternar tarefas e se adaptar a diferentes situações de forma mais eficaz. Essa habilidade é extremamente valiosa no ambiente corporativo, onde as demandas e os desafios estão em constante mudança.
Musicoterapia aplicada ao ambiente corporativo
Portanto, um musicoterapeuta pode utilizar os achados desse estudo para ajudar uma equipe no ambiente corporativo a aumentar sua criatividade e inovação. O musicoterapeuta pode desenvolver atividades que estimulem a improvisação, como exercícios de improvisação musical em grupo, onde os membros da equipe são encorajados a criar novas ideias e soluções de forma espontânea.
Além disso, o musicoterapeuta pode trabalhar com a equipe para desenvolver uma mentalidade aberta e receptiva, promovendo a escuta ativa, a colaboração e a adaptação às mudanças. Essas habilidades podem ser aprimoradas por meio da prática da improvisação, tanto musical quanto em situações de trabalho.
Em resumo, a improvisação do jazz pode ser uma poderosa ferramenta para aumentar a criatividade e inovação de uma equipe no ambiente corporativo. Os músicos de jazz são capazes de aproveitar todo o seu conhecimento e adaptá-lo em tempo real, estimulando a flexibilidade cognitiva e a capacidade de se adaptar a diferentes situações. Um musicoterapeuta pode utilizar esses princípios para desenvolver atividades que estimulem a improvisação e promovam uma mentalidade aberta e receptiva na equipe. Com isso, a equipe estará mais preparada para enfrentar os desafios do mercado e encontrar soluções criativas e inovadoras.
Referências:
Georgia State University
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Jennifer Rainey Marquez – Georgia State University
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Pixabay.